terça-feira, 27 de março de 2012

A borboleta


E daquele casulo, saiu a borboleta. Tão desengonçada, coitada! Por falta de experiências, só sabia voar por instinto, não sabia a razão daquilo.
Ela voava e indagava o por quê de seres gigantes sorrirem ao vê-la passar. Talvez fosse porque ela era desengonçada, ou talvez, pelo seu tamanho diminuto. Entristecia-se por ser indefesa.
Um dia, a borboleta, então, se olhou no espelho e compreendeu tudo. Os seres não a olhavam por zombaria, mas sim, pelo fascínio que dela emanava. Não era um fascínio sensual, tão pouco, impressionante. Era um fascínio de particularidade, o que a torna única e bela.


Que a vida seja mais que do capitalismo, leis ou condutas; que ela seja única e bela, assim como a jovem borboleta!

Um comentário: